quarta-feira, 17 de junho de 2009

A fim de matar a curiosidade que me mata

Articulista: Josimar Caetano
josimarcaetano@terra.com.br


Ansiedade e curiosidade, estes são os adjetivos que melhor definem meu estado de espírito atualmente. O primeiro é fruto do recesso dos Los Hermanos, diga-se de passagem, não parece ter fim. Em abril fez dois anos que a banda anunciou que ia “dar um tempo”. Para mim parece mais duas décadas, não vejo a hora dos “Hermanos” voltarem à cena musical e assumirem seu lugar de direito entre as melhores bandas brasileiras da atualidade.

O segundo está relacionado com o lançamento do terceiro álbum da Mombojó. Para aqueles que ainda não conhecem a banda e não tiveram o prazer de ouvir o som de qualidade, aí vai uma breve apresentação: A Mombojó é formada por sete jovens recifenses que fazem um som inovador denominado (por eles próprios) Nova MPB. A banda iniciou em 2001, tocando em vários festivais, inclusive o Abril Pro Rock, realizado em Recife, onde conquistaram o prêmio de banda revelação e conseguiram ter uma notabilidade relativa com seu som estranho e sedutor. Assim como Los Hermanos, Mambojó atingiu um feito que poucas bandas conseguem: conquistaram uma legião de fãs devotos que cantam todas as músicas em uníssono, tudo isso sem a menor ajuda da mídia.

Feitas devidas apresentações, voltemos a falar do terceiro disco da banda. Ainda sem título e data para ser lançado, o álbum tem tudo para ser tão bom quanto os outros dois, “Nada de Novo” e “Homem Espuma”. Os caras vem servindo aperitivos do próximo disco em seus shows, dentre os quais eu chamo a atenção para as canções “Triste demais”,“Justamente”, “Amigo do tempo”, “Papapa” e “Casa Caiada”, todas postadas no YouTube por fãs que gravam trechos dos shows em seus celulares. É possível perceber nas canções além, de alguns efeitos sonoros o sabor do delicioso tempero utilizado na MPB, jazz, samba, rock, uma pitada de música eletrônica e uma pegada nordestina. Em síntese, Mombojó é uma banda para quem gosta de conhecer o desconhecido, sem preconceito. Decifrar letras inteligentes e poéticas escondidas atrás de um sotaque atraente. Os aperitivos cumprem bem seu papel, abrindo o apetite para o prato principal, o terceiro álbum. Não vejo a hora de saboreá-lo e matar de vez está curiosidade que me mata.

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