quinta-feira, 18 de junho de 2009

OS TRILHOS E JUIZ DE FORA



Todos sabem que Juiz de Fora é “cortada” por trilhos ferroviários, e que por eles passam milhões de reais em carga diariamente junto com o progresso de outras regiões de Minas e do Brasil.

Infelizmente esses trilhos só passam por Juiz de Fora, isso mesmo, só passam, pois o progresso conduzido naqueles vagões sequer vaza por estas bandas.

Após sairmos no primeiro semestre do ano passado de uma crise política que nos envergonhou nacionalmente, tínhamos a chance de reerguer a Manchester Mineira com uma administração nova, com “sangue novo” à frente da prefeitura, pois chegavam as eleições municipais.

Pois bem, o povo de Juiz de Fora foi colocado a prova tendo como opções representantes das duas maiores forças políticas do país, PT e PSDB. Em confronto direto no segundo turno, os dois candidatos se “degladiaram” na disputa pelo eleitor.

Democraticamente, foi eleito o nome do PSDB, que ao lado do governador do Estado anunciaram para Juiz de Fora um conjunto de obras revolucionárias no setor de mobilidade urbana, além do aparelhamento das secretarias, em especial o DEMLURB, entre outras.

Dito isto, se inicia a administração tucana na cidade, e logo somos surpreendidos pela notícia de que uma parte do orçamento teria sido contingenciada, pois a crise que ainda nem chegara no Brasil, já havia atacado a nossa prefeitura de cheio. Desculpas dadas, era hora do plano de fato sair do papel. E assim, sorrateiramente foi-se apontando as áreas afetadas.

Como sempre, o povo foi o primeiro a sofrer. Aumento zero para o funcionalismo público municipal, depois o tão usado na campanha eleitoral, DEMLURB, foi deixado de lado, às moscas, e assim contratos da administração anterior foram abonados por esta administração. Além de serem mantidos nas ruas caminhões compactadores particulares, se pretendia contratar mais outros e esses com motoristas também terceirizados, o que qualquer leigo subtende por PRIVATIZAÇÂO do setor, além de manter ativo um milionário e misterioso contrato de administração do “lixão” com a famosa empreiteira Queiroz Galvão.

Mais recentemente, nesta semana, a passagem do transporte público municipal foi ajustada em 9,67% do valor, onerando mais o juizforano, sem contar na ajuda para as obras estruturais do centro da cidade e do hospital da zona norte, que até agora não apareceram. Somando-se a estes, nossa cidade vive com dois elefantes brancos (Expominas e Aeroporto Regional) que juntos somam mais de R$100 milhões de reais investidos ao relento, pois erguidos no meio do nada, não trouxeram o progresso prometido, não sabemos se por mau gerenciamento ou mesmo má vontade política.

Temos perdido indústrias para as cidades cariocas que fazem divisa conosco, pois o Governo Fluminense possui uma política fiscal de enfrentamento com o Governo Mineiro, que alíás não mostra nenhum tipo de reação.

Por fim, o que se vê, é uma Manchester Mineira abandonada pelas forças políticas, onde nem o governo municipal dá a mínima para o progresso que escapa diariamente, quiçá o governo estadual, que ultimamente prioriza o Norte de Minas, abandonando a Zona da Mata mineira.

Definitivamente Juiz de Fora está FORA DOS TRILHOS.

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