sábado, 4 de outubro de 2008

Novas salas de cinema atraem o público juizforano

Por Caroline Farinazzo Oliveira


A chegada do UCI Kinoplex abalou a concorrência devido à avançada tecnologia e moderna infra-estrutura oferecida. O Cine Palace ameaça fechar desde o início do ano. Os gestores do espaço alegam dificuldades financeiras e pouco movimento. Recentemente foi anunciado o fim das atividades da Moviecom, que desde 1999 era uma das opções de lazer do público juizforano.

Segundo o gerente geral do
Shopping Alameda, Ricardo Coppus, a Moviecom tinha contrato até 2010, mas antecipou o encerramento por não ter interesse em disputar o mercado com o novo cinema, inaugurado em maio deste ano no Independência Shopping. Com isso, licitações serão abertas para três empresas concorrerem à administração do cinema.

Até o momento, Juiz de Fora conta com 10 salas de exibição de filmes: cinco no
UCI Kinoplex, duas no Duo Cine Santa Cruz, duas no Cine Palace e uma no Cine São Luís (este direcionado apenas a filmes pornográficos).

Novo empreendimento veio para ficar
Como prometia, o mais novo empreendimento de Juiz de Fora movimentou a cidade. Com a inauguração do Independência Shopping, as cinco salas de cinema de
tecnologia multiplex e moderna infra-estrutura, conquistaram o público e agitaram a concorrência. Segundo o diretor de Planejamento e Expansão do Grupo, parceiro do projeto, Francisco Pinto, a empresa pretende inserir Juiz de Fora no circuito nacional de lançamentos. "Nós vamos exibir os filmes lançados em São Paulo e no Rio de Janeiro, mas isso depende dos distribuidores", adianta.

O diretor acredita que Juiz de Fora carecia de um empreendimento desse porte. "A cidade cresceu e precisava de um complexo como esse. Agora, as pessoas vão poder assistir aos lançamentos nacionais em uma platéia estilo arquibancada, com som digital e muito conforto", diz.

Alta rotatividade de cinemas em Juiz de Fora favorece locadoras
Desde o Politheama, que foi a primeira sala de cinema da cidade nos anos 30, até os dias atuais, já tivemos cerca de 16 cinemas tradicionais na cidade: Cine Central, Excelsior, Palace, Veneza, Festival, Glória, Popular, Rex, Para Todos, São Luís, Benfica, Auditorium, Real, Paraíso, Instituto Jesus e São Mateus. Todos eles foram fechados, alguns reabriram como teatro e outros, mantêm o espaço intacto, como é o caso do Cine Excelsior.

O fato é que com a chegada de novos cinemas e fechamento de antigos, o público muitas vezes opta pela locação de filmes. Novos cinemas possuem um preço maior nas bilheterias e como geralmente estão localizados em shoppings, incluem no bolso do consumidor despesas como transporte, estacionamento e muitas vezes alimentação.

As locadoras que antigamente tinham mais movimento durante os finais de semana, agora possuem demanda por toda ela. O custo, o conforto e a privacidade, certamente são fatores que pesam na hora de decidir por um filme locado. A funcionária Palmira Lopez, que trabalha em uma locadora local, acredita que o cinema é fundamental para impulsionar as locações. “É claro que o preço e a comodidade influenciam. Às vezes a pessoa prefere ficar em casa assistindo a um filme alugado. Mas sem dúvida, o cinema e a locação de filmes, caminham juntos”. A funcionária contou que independentemente do fechamento de alguns cinemas, os grandes filmes de sucesso que já foram exibidos, vão para a locadora e são muito procurados. Ela também revelou que para as produtoras, o importante é que o telespectador assista ao filme, pois elas ganham de toda maneira, seja pela exibição no cinema ou pela exibição privada.

Brincando de aprender


Por João Marcelo

Atender a crianças com dificuldade de aprendizagem. Esta é a meta do Projeto Espaço Lúdico e Inclusão Social (ELIS). Atualmente o projeto, que teve início em setembro de 2006, contempla 60 alunos da rede municipal de ensino. A coordenação e a supervisão do projeto ficam a cargo das pedagogas Maria Lúcia Costa e Olga Stussi, da psicóloga Rita Mendes e de algumas estagiárias. Os encontros acontecem toda a semana, de segunda à sexta-feira, no Laboratório de Recursos Lúdicos do CES, no Campus da rua Halfeld.

Maria Lúcia, uma das idealizadoras do projeto, conta que ele surgiu em função de questões levantadas por estagiárias que atuavam em escolas públicas da cidade. “As alunas relatavam casos de dificuldade na aprendizagem nas escolas e muitas vezes as professoras não davam conta disso”-explica. Através dos brinquedos pedagógicos do Laboratório de Recursos Lúdicos, a equipe busca estabelecer uma convivência harmoniosa com as crianças, tendo como fim a melhora na auto-estima e no rendimento escolar.

Participação da família é fundamental no processo
“Muitas famílias não dão valor nem ao estudo regular dos filhos”. A frase é da psicóloga e pedagoga Rita Mendes, que destaca a importância de se conscientizar os pais para a importância da educação. “Nós tentamos mostrar a eles que quanto mais a criança for trabalhada, maior a chance de ela ter um futuro melhor” -complementa.

O participante Mateus Rodrigues, de 10 anos, confirma a eficácia do projeto ELIS com a melhora em seu desempenho escolar. “Nós brincamos com vários jogos diferentes e isso me ajuda a ficar mais concentrado nas aulas. Minhas notas estão melho
rando também”.

Nos links abaixo você conhece mais sobre o projeto:

www.elis/videos.com.br

www.elis/fotos.com.br

De Arquiteta a Cravista

Arquitetura perde uma profissional e a música antiga ganha uma cravista

por Leamir Marçal
fotos de Silmar Glanzmann

Para cravista Mayra Pereira, a vocação para música foi muito maior do que a profissão de arquiteta. Após concluir os estudos universitários passa a dedicar-se apenas a música em especial a música colonial se especializando em cravo. Natural de Juiz de Fora, aos 29 anos, dedica-se a música desde criança. Filha de professora de piano, Mayra nasceu e cresceu no meio musical.

A facilidade com que tocava obras de Bach ao piano, quando ainda aluna do Conservatório de Música, despertou em Mayra o gosto pela música antiga. Ao assistir e participar do Festival de Música Antiga promovido pelo Pró-Música descobre o cravo e passa a dedicar-se inteiramente a esta nova paixão.

Atualmente, leciona piano no Pró-Música e tem como expectativa seguir a carreira acadêmica buscando uma vaga como professora de música de universidade Pretende também trabalhar como musicóloga, área que está lhe despertando grande interesse.


Trajetória Musical
Após concluir os estudos no Conservatório de Música, Mayra vai para o Rio de Janeiro fazer mestrado em música antiga na UFRJ. Defende no mestrado a tese, “Do cravo ao piano forte no Rio de Janeiro”, estudo documentado e organológico da transição do cravo ao piano forte até 1830.
Mesmo já possuindo um título de mestrado ela vai para Holanda onde permanece por dois anos e adquiri o título de bacharel em música antiga. O objetivo da ida a Holanda não foi para adquirir um título acadêmico, mas adquirir experiência tocando em grupo. “No Brasil não é muito comum músicos dedicados à música antiga e ficar sozinha tocando música barroca não é muito bom” diz Mayra.

Participando como aluna em oito festivais de Música Colonial Brasileira e Música antiga, promovidos pelo Pró-Música, este ano participou do XIX Festival não mais como aluna. Foi convidada para ser cravista acompanhadora dos alunos de canto barroco. Nessa oportunidade fazendo música de câmara para os alunos que necessitavam de um cravista acompanhador.




Pró-Música

Entidade sem fins lucrativos, o Centro Cultural Pró-Música nos seus 38 anos de existência vem formando músicos, pesquisando e divulgando a música antiga e a música colonial brasileira. Promove anualmente o Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga fazendo com que Juiz de Fora seja conhecida internacionalmente como a capital da música colonial brasileira.

Por iniciativa da prefeitura o festival poderá ser o próximo evento a ser registrado como bem imaterial sendo assim considerado patrimônio da cidade.
Para o vice-presidente do Pró-Música, Júlio César Sousa Santos, esta iniciativa espontânea da prefeitura ajuda a consolidar toda a importância do festival.
Além do festival o Pró-Música promove vários outros eventos: concursos nacionais de cordas e piano, festival de jazz e abre também espaço para música popular, teatro e exposições de arte.

O livro - “Centro Cultural Pró-Música uma contribuição de 25 anos à história da Música Antiga no Brasil”

Registrar os primeiros 25 anos do Pró-Música na direção da música colonial foi objetivo do idealizador e roteirista do livro, Júlio César Sousa Santos.
Lançado em 2000 em parceria com a UFJF e redação de Gilze Bara e Lílian Pace, o livro resgata a história a música antiga e leva o leitor a entender o porquê de Juiz de Fora ter um festival de música antiga e colonial.
Segundo Júlio César, o livro não tem um caráter comercial. Foi feito apenas com o objetivo de divulgar o trabalho do Pró-Música na cidade, mas, quem quiser adquirir o livro poderá entrar em contato com a editora da UFJF ou no Pró-Música.

Foto do Livro – Crédito Silmar Glanzmann
Legenda: Livro conta a história de 25 anos do Pró Música

Contatos:
Cravista Mayra Pereira -
mayraclavecir@hotmail.com

Informações sobre o Pró-Música podem ser obtidas no livro “Centro Cultural Pró-Música uma contribuição de 25 anos à história da Música Antiga no Brasil” e através dos sites
promusica@terra.com.br -http://www.promusica.org.br

Realidade Virtual

por Rosemary Faustino

Quem costuma navegar na rede sabe que hoje em dia, com a difusão da Internet, existem várias maneiras de se conhecer alguém virtualmente, através de sites de encontros, salas de bate-papo, MSN (Messenger) ou Orkut.

Muitas pessoas passam as madrugadas, conversando com gente que nunca viram ou até nunca venham a conhecer de verdade, por falta de afinidades, coragem ou medo. Mas, o que difere o real do virtual nesse mundo de relações on line?

Nomes viram apelidos, mais conhecidos como “nicks” e para ganhar tempo, palavras são abreviadas. Pela Internet, é possível ser bonito, desinibido, conquistador ou qualquer outra coisa que se queira. Pode se mostrar do jeito que é, sem medo ou vergonha do que o outro vai pensar. E se não for aceito ou não gostar da conversa, pode simplesmente ignorar, sem se sentir culpado sobre aquilo que disse ou fez.

E quando o virtual vira real?
O relacionamento virtual possibilita as pessoas encontrarem alguém ou serem encontradas, visto que, se não fosse pela Internet nunca se conheceriam de verdade. O ideal é que a Internet seja usada apenas para um primeiro contato, para que depois a relação seja trazida para a realidade e o relacionamento possa então se tornar tão real quanto virtual.


Foi o que aconteceu com Verônica Sanches (foto), que começou a receber recados de Daniel através do fotolog de amigos em comuns. Ela não estava interessada em conhecê-lo e não fazia muita questão de conversar com aquele estranho. Porém, precisou fazer um trabalho de entrevista para a faculdade, e então resolveu conversar com Daniel que estava on line. Com isso, os dois começaram a se falar quase todos os dias. Daniel disse que viria para Juiz de Fora conhecer Verônica, mas ela não apostava em nenhum tipo de relacionamento com ele, só amizade virtual.
Um dia Daniel ligou para contar que já estava em Juiz de Fora. Verônica, sem saber o que fazer, foi buscá-lo na rodoviária e o levou para casa dela. “Como ele parecia ser uma boa pessoa e não conhecia nada, nem ninguém em Juiz de Fora, minha mãe disse que ele poderia ficar na minha casa”, conta Verônica.

Os dois se deram bem, e quando Daniel foi embora, disse que queria voltar a Juiz de Fora, mas não como amigo e perguntou se Verônica não queria namorar com ele. Ela negou o pedido dizendo que tudo era muito recente e que estava confusa. Quatro dias depois pelo MSN (menssenger), Verônica aceitou o pedido de namoro.

Durante dois anos foi assim, nos dia de semana eles se falavam pelo MSN e nos finais de semana se viam quando dava. “Deu muito certo, enquanto a saudade não sufocou, ela ajudou a aumentar a paixão, depois a distância sufocou o amor e ele morreu”, lembra Verônica.

Mundo Virtual
Segundo a psicóloga Marlene Pereira Martins, pesquisas recentes mostram que a solidão é uma das principais causas dessa nova forma de relacionamento. “As pessoas estão cada vez mais buscando esse tipo de relacionamento, por acharem que o mundo virtual é controlável e não cria riscos. Nele, você pode falar o que quiser e até criar personagens”. Experiências como essas, podem acabar isolando a pessoa do mundo real, causando um tipo de dependência. “Alguns deixam de cumprir com as suas obrigações como trabalhar e estudar para ficar na internet”, ressalta Marlene.

Marlene ainda dá algumas dicas de quais os cuidados se deve tomar como: conhecer bem a pessoa antes de encontrá-la e perguntar várias vezes a mesma coisa para ver se ela não cai em contradição.

Evitar dar telefones fixos, como o da sua casa ou do trabalho. Nunca passe dados ou informações com as quais a outra pessoa consiga te encontrar, saber onde mora ou que faz.

Avise para seus amigos ou familiares, aonde você vai e com quem vai se encontrar. E mesmo assim nunca vá sozinho, procure estar sempre acompanhado de amigos. Marque encontros em locais movimentados, como shoppings ou bares.

Os Mártires do Jornalismo

por Leonardo Costa

Existe uma linha tênue na divisa entre o risco decorrente da profissão jornalista e o arriscar a vida exercendo a mesma. É inevitável o risco ao cobrir uma guerra, ou mostrar uma zona de tráfico de drogas ou de conflito. Mas, daí para se comportar como um policial ou super-herói e subestimar a própria segurança está a barreira do bom senso.

Os correspondentes da Rede Globo, Marcos Losekann e Paulo Pimentel, foram seqüestrados no Líbano pelo grupo terrorista Hezbollah durante cinco horas. Os equipamentos foram retidos e devolvidos após o interrogatório. A dupla gravava matérias em uma lanchonete temática e no local tudo se relacionava às armas; do cardápio a decoração. Correram os riscos da profissão e foram descobertos.

Além do conhecido caso Tim Lopes, recentemente os profissionais do impresso “O Dia” quase tiveram o mesmo fim. Eles estabeleceram-se em uma casa por duas semanas na favela carioca do Batan, para fazer reportagens sobre as milícias. Foram descobertos e passaram sete horas e meia de terror. A equipe foi submetida a socos, pontapés, choques elétricos e torturas com saco plástico. Arriscaram-se e, por pouco não perderam a vida.

A decisão de correr os riscos da profissão o jornalista já assume na escolha acadêmica, ou mesmo no direcionamento da sua carreira. Já o de “se arriscar” é o bom senso do ser humano naquele momento que decide. E tem jornalista ultrapassando diariamente a barreira do bom senso e da própria segurança, se arriscam a virarem personagens em uma matéria pós-morte. Tudo pela profissão.

Voto Facultativo e Eleições 2008

por Patrícia Gonçalves

O número de jovens (16 e 17 anos) que se alistaram para as Eleições 2008, segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), é igual a 3.643. Um número abaixo dos 4.817 contabilizados nas eleições 2004.

Essa redução se deve ao número de jovens nessa faixa de idade, em 2004, não ser o mesmo deste ano, entre outros. Além disso, a falta de interesse e perda do prazo para se alistar deixará os jovens longe das urnas nesta eleição. É o caso da estudante Isabela Rodrigues, 17 anos, “Não vou votar ainda. Porque, por enquanto não faço questão, e também porque ficou em cima da hora para tirar o título”.

Segundo Edir Guerson de Medeiros, juíz eleitoral, “É importante que o jovem vote como forma de protesto, contra os políticos que acha que não prestam, elegendo os que consideram que presta, ou pelo menos um que ele não conhece o trabalho ainda, um novo”.

Entre os idosos, acima de 70 anos, idade em que o voto também é facultativo, o número de eleitores em 2004 era de 25.243, e este ano é de 31.193. Um aumento que se deve principalmente a longevidade e a facilidade para ir às zonas eleitorais. Caso do aposentado Leonardo da Silva, 78 anos, “eu vou votar enquanto viver. Meu voto é importante para fazer a diferença, colocando políticos honestos para trabalhar por nós”.

Jovens exercem poder de decisão
Desde 1992, os jovens têm o direito ao voto. Um direito conquistado após muita luta, e utilizado como forma de protesto contra políticos que eles consideram inadequados para ocuparem um cargo.

O voto é uma forma de o jovem expressar a sua vontade, ser ouvido, por isso é considerado tão importante.

Para ser um
jovem eleitor, é preciso procurar o cartório eleitoral mais próximo de sua casa, levando um documento de identidade original com foto e comprovante de residência. Homens maiores de 18 anos devem levar também o comprovante de quitação militar.

O cadastramento e a confecção do título são gratuitos.

Uma Nova Aparência para a Manchester Mineira

Por Karla Fernandes

O Centro de Juiz de Fora é o maior shopping a céu aberto da Zona da Mata mineira, e talvez seja por ter crescido tanto nas últimas décadas que cada vez mais encontramos sujeira e poluição visual pelas principais ruas de nossa cidade.

Algumas pessoas e empresas, no entanto, estão propondo uma revitalização no centro comercial de JF para a melhoria visual de quem passa por ali. Revitalização é uma palavra que remete a dar vida nova a alguma coisa.

Realmente seria ótimo dar uma cara nova ao único lugar onde ainda passeiam os poucos turistas que freqüentam essa cidade, ou às pessoas que por algum motivo precisam passar por ali. Mas temos que pensar, antes de tudo, que reforma gera gasto de dinheiro, o que no momento, só é encontrado em grande número na casa do ex-prefeito da cidade.

A Manchester mineira precisa sim melhorar a aparência envelhecida e desgastada pela infatigável correria do dia a dia, preferencialmente porque os interessados em contribuir com a beleza são órgãos e pessoas competentes e respeitadas. Mas resolve alguma coisa andar numa rua bonita e logo depois passar por outra cheia de engarrafamento e trânsito conturbado, tomada pelo caos e pelas incansáveis buzinas dos apressados?

Vai ser ótimo, sem dúvida, dar uma cara nova à nossa tão amada Princesa de Minas, mas em tempos de eleição, temos mais que um motivo para deixarmos a consciência dar lugar às aparências, porque não adianta nada ter uma casca bonita, se o recheio do produto for feio e podre.

Jornalistas discutem obrigatoriedade do diploma

Por Camila Venzel

O Supremo Tribunal Federal vai julgar ainda neste semestre a constitucionalidade do diploma de graduação para o exercício da profissão. A questão tem levantado muita discussão e protestos por parte dos jornalistas e da sociedade.

Segundo a Diretora do Sindicato de Jornalistas Profissionais de Juiz de Fora, Lúcia Schmidt, no ano de 2006 o STR aceitou uma liminar que pedia o fim da obrigatoriedade do diploma e este ano será julgado e decidido se será obrigatório ou não o certificado de graduação para exercício da profissão. Lúcia acredita que com o fim do diploma, os jornalistas e a sociedade brasileira terão o seu direito à informação prejudicado.”O jornalismo, além do papel de fiscalizador do estado é também responsável por selecionar as notícias que se fundamentam nos princípios da verdade e da lealdade com o cidadão” - complementa.

Outras opiniões
O Brasil tem uma legislação que obriga os pretendentes à profissão de jornalista cursar e obter certificado de curso superior com habilitação em Jornalismo. Este decreto em vigor desde 1969 é segundo alguns juristas uma das legislações mais avançadas do mundo. A obrigatoriedade do diploma possibilitou que o jornalismo deixasse de ser um bico de funcionários públicos que muitas vezes, traficavam informações privilegiadas de suas repartições para as páginas de seus jornais como notícias de interesse público.

Em 2006, o ministro Gilmar Mendes do STF suspendeu a exigência do diploma de jornalista, para a obtenção do registro profissional, atendendo a um pedido de liminar do procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza. Desde então começou a luta dos profissionais da área contra outros que colaboradores que não acham importante o diploma.

De acordo com o artigo escrito pelo jornalista especializado em ciência, sociedade e meio ambiente Maurício Tuffani, a exigência do diploma deveria valorizar a profissão, ao invés disso, ela levou ao rebaixamento, pois estimulou a criação desenfreada de cursos superiores de jornalismo que por sua vez gerou baixa qualidade no ensino e um efeito crônico ente oferta e procura de trabalho.

Em contraponto, profissionais e estudantes na área defendem que para ser jornalista não basta saber escrever bem e sim ter compromisso com a ética e responsabilidade social.

Taça Minas tem mudança de horário nos jogos

Por Hellen Garcia

No campeonato de futebol Taça Minas todos os jogos realizados na cidade estão marcados para as 10h30 da manhã, para não coincidir com os horários das exibições das partidas do campeonato brasileiro série a.

O torcedor Carijó além de poder ver os jogos do Tupi mais cedo, ainda consegue acompanhar os jogos do Bra que geralmente são transmitidos entre 16 e 18 horas da tarde.
Embora a situação do Tupi não seja muito boa, o Estádio Municipal Radialista Mário Helênio recebeu no domingo dia 31/08, 544 pagantes.

Segundo o Auxiliar Administrativo do Estádio Municipal Moacyr Toledo, eram esperados para este jogo cerca de 700 pagantes. “Com um número inferior ao esperado e com a falta de credibilidade no time, a mudança de horário foi muito significativa para tentar manter alguns pagantes ainda dentro do Estádio”- afirma Toledo.

Para o torcedor Felipe Souza Couri a mudança foi muito válida. Como admirador do Galo, ele pode acompanhar o time pela amanhã e na parte da tarde torcer pelo Fluminense, seu time do coração.

Falta de gols diminui confiança dos torcedores
A situação do Tupi está complicada. o time estreou no dia 24 de Agosto em Uberlândia contra o time da casa, mas o placar final do jogo foi zero a zero. O time treinou forte no dia 29 para receber o time do Araxá.

Jogando em casa, o Tupi estava mais confiante e contando com o apoio da torcida. O problema é que com a mudança de horário e com a falta de credibilidade no time, o Estádio Municipal Radialista Mário Helênio não recebeu a quantidade esperada de torcedores.

O jogo que no final ficou no zero a zero deixou a torcida muito irritada, cobrando da diretoria uma atitude para melhorar o time.

Para o torcedor Herton Paiva de 36 anos, a falta de atitude da diretoria está afetando diretamente a equipe em campo. “Não acredito que levantei cedo para ver esse fiasco”-desabafa.
O próximo jogo será no dia 22 de Setembro, em Belo Horizonte, contra o América-MG.