sábado, 4 de outubro de 2008

Os Mártires do Jornalismo

por Leonardo Costa

Existe uma linha tênue na divisa entre o risco decorrente da profissão jornalista e o arriscar a vida exercendo a mesma. É inevitável o risco ao cobrir uma guerra, ou mostrar uma zona de tráfico de drogas ou de conflito. Mas, daí para se comportar como um policial ou super-herói e subestimar a própria segurança está a barreira do bom senso.

Os correspondentes da Rede Globo, Marcos Losekann e Paulo Pimentel, foram seqüestrados no Líbano pelo grupo terrorista Hezbollah durante cinco horas. Os equipamentos foram retidos e devolvidos após o interrogatório. A dupla gravava matérias em uma lanchonete temática e no local tudo se relacionava às armas; do cardápio a decoração. Correram os riscos da profissão e foram descobertos.

Além do conhecido caso Tim Lopes, recentemente os profissionais do impresso “O Dia” quase tiveram o mesmo fim. Eles estabeleceram-se em uma casa por duas semanas na favela carioca do Batan, para fazer reportagens sobre as milícias. Foram descobertos e passaram sete horas e meia de terror. A equipe foi submetida a socos, pontapés, choques elétricos e torturas com saco plástico. Arriscaram-se e, por pouco não perderam a vida.

A decisão de correr os riscos da profissão o jornalista já assume na escolha acadêmica, ou mesmo no direcionamento da sua carreira. Já o de “se arriscar” é o bom senso do ser humano naquele momento que decide. E tem jornalista ultrapassando diariamente a barreira do bom senso e da própria segurança, se arriscam a virarem personagens em uma matéria pós-morte. Tudo pela profissão.

Um comentário:

BEBÊS disse...

olá super panoptico....gostaria de saber quem é o leonardo costa..qual sua formação e de onde o texto dele foi baseado.

por favor, responda ao e-mail mariana_scocco@yahoo.com.br, ou michelle.amichelle@gmail.com.


obrigada pela atenção.