domingo, 5 de outubro de 2008

Adoção, um ato de amor

Por Cristina Berg
crisdpberg@yahoo.com.br


Desde a Constituição Federal de 1988 e o Estatuto da Criança e do adolescente, de 1990, a adoção passou a ser uma medida protetiva à criança e ao adolescente. Muito mais que os interesses dos adultos envolvidos, é relevante para a lei e para o juiz que irá decidi-la se a adoção trará à criança ou adolescente a ser adotado reais vantagens para seu desenvolvimento físico, educacional, moral. Sua finalidade é satisfazer o direito da criança e do adolescente à convivência familiar sadia, direito este previsto no artigo 227 da Constituição Federal. A adoção depende da concordância, perante o juiz e o promotor de justiça, dos pais biológicos. A sentença de adoção e a lei exige que se cumpra um estágio de convivência entre a criança ou adolescente e os adotantes, por um prazo fixado pelo juiz.

Fila de espera
Uma professora que pediu para não ser identificada por querer proteger suas duas filhas adotivas, relata como foi seu processo de adoção e quanto tempo ela teve que esperar. “Eu entrei na fila de espera de crianças para adoção. Mas eu não queria um bebezinho, eu queria um pouquinho maior. Depois de uns 10 meses de espera, consegui ir até a casa de uma criança junto com o oficial de justiça para conhecer e fazer o processo de adoção . A mãe biológica estava maltratando, e quando chegamos na casa da mãe , a criança não estava mais lá, ela tinha sido vendida . Isso me deixou muito chocada, quase desisti da adoção, foi quando um dia um ligaram para minha casa dizendo que tinha uma menina com idade de um ano e dois meses. Aí voltei a ficar mais novamente animada quando minha primeira filha (...) completou 8 anos eu e meu marido decidimos adotar outra criança, ficamos 1 ano na fila de espera”

Aldeia SOS
A Instituição Aldeia SOS é uma casa que abriga crianças e adolescentes que não tiveram apoio familiar ou foram maltratadas por seus próprios pais. Lá existe um sistema de reintegração familiar, ou seja, muitas crianças que encontram nessa instituição tem família. Segundo Regina, mãe social de uma das casas da aldeia que trabalha há 13 anos na instituição, “as crianças têm família, têm que ficar com a família e não na aldeia. A instituição dá ajuda com programas de fortalecimento que funcionam, da seguinte forma - os profissionais da prefeitura vêm aqui, apoiando familiares e crianças a reintegração que procede da seguinte forma: fazendo caminhadas, piscina, tratamento psicológico e outras atividades de reintegração”. É o caso de Guilherme, que chegou que chegou à casa com apenas 1 ano de idade. Hoje ele está com 17anos e fala que seus pais o deixaram na Aldeia SOS por eles não terem como sustentá-lo.”Tenho saudades de meus pais, acredito que eles tomaram a melhor decisão para mim, porque eles não tinham condições financeiras para me criarem e não queriam que eu crescesse como um bandido”


Para saber mais sobre a instituição ligue para (32) 3224-7240

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