domingo, 14 de setembro de 2008

China cria muralha a informações nos jogos olímpicos

por Danielle Lorandi



As Olimpíadas de Pequim, além de se destacarem pelas acirradas competições, estão sendo marcadas pela rigidez que o governo do país vem tratando a imprensa. Os mais de 20 mil profissionais que cobrem o evento estão enfrentando fortes restrições ao acesso de informações. Principalmente a sites relacionados aos direitos humanos e Anistia Internacional, que vêm divulgando relatórios criticando a opressão chinesa com sua população e sobre a dominação do território Tibetano.

O governo chinês mantém um controle rígido sobre a mídia do país. Um relatório divulgado pelo órgão chinês de monitoramento da internet afirmou que o acesso à rede web, só chega a 253 milhões de pessoas, em uma população total de cerca de 1,4 bilhão.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Kevan Gosper, confirmou que por determinação do governo chinês, páginas com conteúdos “sensíveis" permanecerão bloqueados.

Jornalistas brasileiros são inspecionados em Pequim

A equipe do SBT é um exemplo desta rígida fiscalização do governo com conteúdos caracterizados impróprios e que estão sendo utilizados pela imprensa. Os jornalistas receberam a visita da policia chinesa que tirou fotos deles e do apartamento onde a equipe está alojada. A assessoria da emissora informou que na “visita surpresa”, os policiais foram cordiais e que não revistaram a equipe.

Para o jornalista esportivo, João Paulo Vieira, este tipo de censura só ilegítima o trabalho preciso da imprensa pela busca da informação. “Lamento os abusos cometidos pela ditadura chinesa. Acho que toda vez que o trabalho jornalístico é cercado, todos perdem. Não só o profissional, mas, principalmente, a população que deixa de receber informações precisas.” Afirmou o jornalista.

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